Corpo do professor que foi assassinado e enterrado em área de mata é sepultado em São Sebastião
25/09/2025
(Foto: Reprodução) Corpo do professor Jucimar Barreto, que estava desaparecido, é encontrado enterrado em São Sebastião
Arquivo pessoal
O corpo do professor Jucimar Barreto, de 44 anos, foi velado e sepultado na tarde desta quinta-feira (25), em São Sebastião, cidade no Litoral Norte de São Paulo. De acordo com a polícia, ele foi assassinado.
Segundo a Polícia Civil, o professor que estava desaparecido foi encontrado morto e enterrado em uma área de mata da costa sul da cidade, na noite desta quarta-feira (24). Dois adolescentes foram apreendidos pelo crime e um terceiro suspeito é procurado - leia mais abaixo.
O velório foi realizado ao longo do dia na capela Imaculada Conceição, na região de Boiçucanga, na Costa Sul da cidade, onde o professor morava. Na sequência, por volta das 17h30, o professor foi enterrado.
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A despedida reuniu dezenas de amigos, alunos e familiares, que se reuniram para dar um último adeus a Jucimar.
Querido na comunidade, o professor lecionava geografia em uma escola particular e também era vice-diretor de uma escola pública.
O corpo do professor foi encontrado no bairro Piavu, na região do Camburi. A suspeita é que ele tenha sido morto com golpes de machado.
Dois adolescentes foram apreendidos suspeitos de envolvimento no crime. Um terceiro homem é investigado e ainda não foi encontrado. A Polícia Civil suspeita que a motivação do crime tenha sido patrimonial.
Corpo do professor que foi assassinado e enterrado em área de mata é sepultado em São Sebastião
Guilherme Ferraz
Corpo de professor que estava desaparecido é encontrado enterrado em São Sebastião, SP
Divulgação/Polícia Civil
Desaparecimento
O professor Jucimar Barreto, de 44 anos, estava desaparecido desde a noite da última quinta-feira (18), quando foi visto pela última vez após sair para o trabalho, em São Sebastião, no Litoral Norte.
De acordo com a polícia, no dia seguinte ao desaparecimento o carro do professor foi visto circulando na cidade. A polícia perseguiu o veículo, mas os dois ocupantes abandonaram o carro e fugiram a pé.
O veículo foi localizado na rua Romualdo de Matos, na Praia de Boiçucanga, em São Sebastião.
Segundo a Polícia Civil, em patrulhamento pela cidade, os PMs identificaram o carro do professor em movimento, sendo que ele estava registrado no sistema de busca por desaparecido. Assim que perceberam isso, os polícias iniciaram uma perseguição.
Ainda segundo a polícia, durante a perseguição, os dois ocupantes do carro abandonaram o veículo e fugiram a pé em uma região de mata. Os policiais não conseguiram alcançar a dupla. O carro foi apreendido e passou por perícia.
Polícia investiga desaparecimento de professor, em São Sebastião
Quem era o professor
O g1 apurou que Jucimar atuava como professor de geografia em um colégio particular de São Sebastião no período da manhã e que também era vice-diretor de uma escola pública da cidade no turno da tarde e da noite. Ele morava em Boiçucanga, na costa sul.
Na rede pública, Jucimar trabalha na escola estadual Dulce César Tavares, que fica na região de Maresias. Foi justamente quando o professor estava saindo de carro dessa escola, após terminar o trabalho, por volta das 22h da última quinta-feira (18), que ele foi visto pela última vez. Desde então, a família não teve mais notícias e relatou o desaparecimento para a polícia.
Corpo do professor Jucimar Barreto, que estava desaparecido, é encontrado enterrado em São Sebastião
Arquivo pessoal
Em entrevista ao g1 após o desaparecimento, a irmã e a melhor amiga de Jucimar contaram que o professor era uma pessoa tranquila, sem inimizades, que frequentava a igreja e que vivia para trabalhar, se dedicando ao ensino dos alunos de forma integral.
“Meu irmão é uma pessoa muito boa, gosta de ajudar as pessoas, muito familiar, está sempre presente, quer participar de tudo, é um professor de coração enorme, que está sempre disposto a ajudar o próximo”, contou emocionada Juciene Barreto, irmã de Jucimar.
“Ele é uma pessoa maravilhosa, de coração bom, nunca fez mal a ninguém, só ajuda as pessoas. A rotina dele é da escola pra casa e de casa pra escola. Não bebe, não usa drogas, não vai para festa nem bares. Ele só trabalha, vai para a academia, para a igreja e aos finais de semana a gente sai pra tomar café”, narrou a amiga Fabiana Araújo, que também é professora.
Nordestino, Jucimar nasceu na Bahia e há cerca de 15 anos morava em São Sebastião. Ele se mudou para o litoral com os irmãos, que também moram e trabalham na cidade. Foi em São Sebastião que ele se graduou como professor.
Em nota após a confirmação da morte, uma das escolas em que a vítima trabalhava lamentou o caso.
"Mais do que um professor, Jucimar foi um exemplo de dedicação, humildade e amor pelo que fazia. Sempre presente, ele não media esforços para cuidar da escola e, principalmente, dos alunos. Seu coração bom, sua firmeza diante das dificuldades e sua paciência em cada gesto fizeram dele não apenas um educador, mas um verdadeiro amigo e conselheiro."
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